
Pesquisa indica que executivos brasileiros mantêm mesma produtividade no home office e no presencial
Levantamento global Talent Trends Leadership 2025, conduzido pela Page Executive entre novembro e dezembro de 2024, revela que 51% dos executivos brasileiros se consideram igualmente produtivos trabalhando em casa ou no escritório. O percentual supera as médias mundial (43%) e da América Latina (46%). A pesquisa ouviu cerca de 4 mil profissionais de alta liderança em 36 países.
Motivos para voltar ao escritório
Entre os brasileiros, 38% apontam o aumento de reuniões presenciais como razão para frequentar mais o ambiente corporativo, índice inferior ao global (42%) e ao latino-americano (45%). Outros 21% dizem aprender mais com os colegas quando estão fisicamente no local de trabalho, percentual próximo ao mundial (20%) e acima do regional (15%).
A presença no escritório também é vista como um impulso na carreira por 19% dos executivos no país, ligeiramente abaixo das médias da América Latina (20%) e global (22%). Já 23% relatam que políticas internas mais rígidas exigem maior assiduidade, contra 35% nos demais recortes.
Bem-estar influencia decisões
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional pesa na tomada de decisões: 61% dos líderes brasileiros afirmam que recusariam uma promoção para preservar o bem-estar, superando as médias mundial (54%) e latino-americana (48%).
Valores corporativos ganham destaque
Na análise de ofertas de trabalho, 34% dos executivos no Brasil priorizam a declaração de valores da empresa — proporção maior do que a global (24%) e a regional (25%). O mesmo percentual considera o perfil cultural da organização decisivo, à frente das médias mundial (29%) e latino-americana (31%).

Imagem: Internet
Humberto Wahrhaftig, diretor-executivo da Page Executive, observa que a alta liderança procura equilibrar desempenho e flexibilidade. Para Paulo Dias, também diretor-executivo, a transparência sobre expectativas é essencial para engajar e reter talentos sêniores.
O estudo busca compreender as mudanças nas expectativas de executivos diante de novos modelos de trabalho e das políticas de retorno ao presencial.
Com informações de Contábeis